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Sexta-feira, 3 Maio 2019 15:54

SAÚDE
8 anos depois, estudo com 1000 casais gays não encontra nenhuma transmissão do VIH



O estudo incluiu 1000 casais de homens gays em que um era seropositivo e em tratamento para suprimir o vírus, e o outro era seronegativo, e resultou em zero novas infecções dentro do casal.


Os cientistas classificam este resultado como uma "mensagem mensagem poderosa" que deve ser compartilhada amplamente.

O médico Michael Brady, diretor médico da ONG Terrence Higgins Trust, disse que é "impossível exagerar a importância dessas descobertas".

O estudo nos deu a confiança para dizer, sem sombra de dúvida, que as pessoas vivendo com VIH que estão em tratamento eficaz não podem transmitir o vírus para seus parceiros sexuais.
Isto tem um impacto incrível na vida das pessoas que vivem com o VIH e é uma mensagem poderosa para lidar com o estigma relacionado com o VIH.
 Michael Brady, Terrence Higgins Trust

O estudo, publicado a revista científica The Lancet, conclui que os casais fizeram sexo sem preservativo cerca de 77 mil vezes. Os cientistas calcularam que 472 transmissões do VIH seriam esperadas em situações normais de pessoas que não estivessem sob tratamento. Mas o número real foi zero. Os cientistas acrescentaram que ficou demonstrado que a terapia retroviral é tão eficaz para os casais homossexuais quanto para os casais heterossexuais.

A professora Alison Rodger, da University College London, que liderou a pesquisa, disse:

O aumento dos esforços deve agora concentrar-se na disseminação mais ampla desta mensagem poderosa e garantir que todas as pessoas seropositivas tenham acesso a testes, tratamento eficaz, apoio à adesão e ligação aos cuidados de saúde Alison Rodger, da University College London

Ao longo dos oito anos do estudo, um total de 15 homens foram infectados com o VIH, mas os testes de DNA mostraram que o vírus não veio do seu parceiro principal.

A professora Anna Maria Geretti, do Institute of Infection and Global Health da Universidade de Liverpool, que liderou o trabalho de análise genética do estudo, explicou que foi usada tecnologia de ponta para analisar as variantes genéticas do vírus nos raros casos em que um foi encontrada uma nova infeção VIH.

O nosso trabalho foi fundamental porque pudemos mostrar que não havia relação entre as variantes do vírus das duas pessoas do casal. Em outras palavras, em todos os casos de novas infecções pelo VIH, o novo vírus era tão diferente do parceiro seropositivo teve de ter origem noutra pessoa Anna Maria Geretti, Universidade de Liverpool

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