Na semana passada, a Disney cancelou a estreia do filme no país depois de a censura ter pedido a remoção do momento em que o companheiro de Gaston, LeFou, dança com um homem.
O remake de um dos mais bonitos contos da Disney, é o primeiro grande filme da Disney a apresentar um personagem inequivocamente gay, e quebrou recordes de bilheteira neste fim de semana nos EUA apesar da tentativa pública de um boicote evangélico.
A Disney lançou um comunicado a informar que o filme triunfou perante a censura.
Temos o prazer de anunciar que a Disney 'A Bela e o Monstro' já foi aprovado para ser lançado na Malásia a 30 de Março e sem cortes, com classificação PG 13 Disney
Abdul Halim Abdul Hamid, chefe da Malásia Film Censorship Board, disse à AFP na semana passada que a sua organização estava a tentar censurar o filme porque "A forma como ele [Le Fou] dança é ... gay e o diálogo e as letras da música também são. Na mesma cena, ele também levanta a camisa e mostra uma mordida de amor na barriga."
Mas o censor não está bem informado... não há nenhuma "mordida de amor" no filme, como seria de esperar numa criação da Disney para crianças. E muitos gays e lésbicas que foram ver o filme nem perceberam qual o "momento gay" que gerou tanta polémica.
A homossexualidade é ilegal na Malásia, com os culpados de delitos homossexuais a sofrerem penas de até 20 anos de prisão. A homossexualidade pode ser apresentada em filme no país desde que morram ou "arrependam-se" de ser homossexuais até o final do filme. No ano passado, cinco filmes da Disney ficaram classificados no top 20 de bilheteira da Malásia, arrecadando mais de 20 milhões de euros.