Pela primeira vez, a modelo foi entrevistada na sede da GLAAD sobre a sua transição, sobre a cirurgia de reassignação e como é ser modelo transgénero, e porque é que finalmente se sente preparada para “enfrentar o mundo”.
Andreja explica que desde os 13 anos, com a ajuda da internet, sabia que a transição era algo pelo qual teria que passar, mas que não era possível no momento. Portanto a androginia tornou-se uma forma de expressar a sua parte mais feminina sem ter que dar grandes explicações. Admite que agora, com 22 anos, se sente confortável com quem é que acha que a sua história pode ajudar outras pessoas na mesma situação.
Andreja afirma “o meu objetivo é dar um rosto a esta luta, e sinto que tenho essa responsabilidade.” Quando questionada sobre como foi crescer como um rapaz, Andreja responde dizendo que viver com disforia de género nunca é fácil, em especial porque as pessoas não compreendem o que é. Diz que a dada altura na infância, a pressão de ser “normal” era tão forte, que sentia que as únicas opções que tinha era ser um rapaz heterossexual ou homossexual.
Só com 13 anos é que descobriu que havia uma comunidade de pessoas trans, e que isso foi algo que ajudou bastante a lidar com a situação. A modelo bósnia faz questão de dizer que o que pretende é que o público em geral compreenda que as pessoas transgéneras são seres humanos, e que esta realidade faz parte da realidade das pessoas transgéneras.
Tudo o que pede é aceitação e validação da realidade de cada um, sendo esse um direito humano básico. A entrevista completa foi publicada na revista Style.com. Andreja poderá ser vista em breve no filme “A Pequena Sereia” de Sofia Copolla e já tem vários convites para fazer parte de semanas da moda por todo o mundo.