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Sábado, 28 Setembro 2019 09:24

CINEMA
Diário Queer Lisboa - Sol Alegria



Neste penúltimo dia do Queer Lisboa 2019, três foram as impressões recolhidas.


Primeiro, assisti à segunda e última sessão do “In My Shorts”, com filmes bem interessantes com destaque para uma excelente curta do jovem realizador holandês Marc Wagenaar – “Dante vs. Mohammed Ali”.

Devo falar depois da grande desilusão do dia e talvez do festival (claro está que é uma opinião pessoal). Não entendo como se selecciona para a secção das longas metragens a concurso – a mais importante do festival – um filme como “Las Hijas del Fuego” da realizadora argentina Albertina Carri, um filme que eu incluiria sem qualquer problema numa das noites “hard”, só que versão lésbica…

Claro que eu já me habituei a ver nos últimos Festivais Queer de Lisboa, o prémio da melhor longa metragem precisamente aquele filme que eu apreciei menos, com fundamentos rebuscados e que não convencem ninguém. Daí, que já nada me surpreende e não gasto mais palavras com filmes deste tipo – só uma referência que eu era um dos muito poucos espectadores masculinos, numa assistência que nem sequer era muito elevada, mas que no final, algumas meninas festejaram de maneira efusiva como se fosse a primeira vez que assistiam a um filme desse tipo (num festival como o Queer, talvez sim…)

Finalmente, “the last but not the least”, uma excelente surpresa com um dos filmes que mais apreciei em todo o festival – “Sol Alegria”, filme brasileiro de Tavinho Teixeira e Mariah Teixeira, também intérpretes do filme e que foi apresentado na competição Queer Art.

Este filme é um road movie apresentado de uma forma de paródia subversiva é de uma actualidade total o que é surpreendente e quase premonitório, já que o filme foi escrito em 2014, baseado num conto de Tavinho Teixeira de 2007…

É a história de uma família (pai, mãe, filho e filha), que numa viagem perfeitamente surreal, iniciada após a mãe ter assassinado um pastor evangélico que anunciava o Apocalipse e a pena de morte para putas, gays e todos quantos ameaçassem a "família tradicional".

Nessa viagem alucinante entregam armas a freiras escondidas na floresta e que têm plantações de canábis, encontram tribos de indígenas, são transportados a outra dimensão e finalmente, num show off, o pai vai apresentando diversas personagens além da própria família (destaque para o aparecimento de Ney Matogrosso, himself!, que interpreta uma canção).

Fica a mensagem daquilo em que se transformou o Brasil dos nossos dias, mas que neste filme é combatido com aquela alegria que a maioria do povo brasileiro sempre teve e terá.

Um filme notável!

E para hoje, sábado, último dia do festival, ainda temos...

17:00 Una Banda de Chicas de Marilina Giménez / Longa-Metragem: 83 min. / Documentário, Feminismo, Mulheres, Música

19:15 Limites de José Torrealba / Longa-Metragem: 48 min. / Arte e Artistas, Homoerotismo, Masculinidade

21:00 State Kitchen de Crystal Moselle / Longa-Metragem: 106 min. / Amizade, Juventude, Mulheres

23:59 Festa de Encerramento com Las Galegas + fabaitos + Yizhaq

e muito mais...

CINEMA: Diário Queer Lisboa - Sol Alegria

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