Na pesquisa 82% dos fãs não teria qualquer problema, mas 8% declararam que iriam deixar de assistir aos jogos da sua equipa caso se desse uma contratação de um jogador homossexual.
Greg Clarke, presidente da Associação de Futebol diz que ele é “prudente” no encorajar os jogadores a serem abertos relativamente à sua orientação sexual homossexual, porque na sua opinião podem sofrer um “abuso significativo” por parte dos adeptos. Clarke em entrevista a BBC Radio5 disse que primeiro devem ser resolvidos os “abusos vis de uma pequena minoria nas bancadas” isto antes de qualquer atleta poder falar abertamente da sua orientação sexual. Adianta “se algum quiser correr esse risco eu estou cá para o respeitar e apoiar, mas não podemos prometer fornecer-lhes toda a proteção necessária”, diz ainda que é preciso “redobrar os esforços para proporcionar um espaço seguro” para todos os atletas. E Clarke acredita que isso acontecerá num ano ou dois.
Numa outra pesquisa feita on-line, que contou com a participação de mais de 4000 pessoas, dos quais 2896 eram fãs de algum desporto. 71% dos fãs de futebol disseram que que os clubes devem fazer mais por educar os seus adeptos sobre a homofobia.
Mas o ex-jogador Chris Sutton, que esteve Norwich, Blackburn, Chelsea e Celtic e representou Inglaterra em diversas seleções nacionais, disse que Clarke está a fazer um erro ao deixar os 8% homofóbicos subir as bancadas. Diz Sutton que se algum colega se revelar publicamente como homossexual não será no clube ou no balneário que ele terá problemas. Segundo Sutton um clube é como qualquer outro local de trabalho e que dos jogadores com quem jogou acredita que nenhum iria franzir o sobrolho se tivesse um colega homossexual.
É uma loucura que na nossa sociedade pessoas como estas possam ditar se alguém pode ou não viver a sua sexualidade abertamente Chris Sutton
Simone Pound, Diretor para a Igualdade e Diversidade da Associação de Futebolistas Profissionais disse à BBC que trabalhando no mundo do futebol há mais de 15 anos certamente viu uma mudança na cultura, bem como uma maior aceitação das pessoas LGBT.