Uma das entrevistadas afirma ter sido despida e abusada sexualmente por oficiais religiosos. “Eles foram brutos. Um deles apertou-me as mamas. Senti-me completamente humilhada. Despiram-me completamente. Um deles pegou no bastão da policia e começou a mexer nos meus genitais. Toda a gente estava a olhar – os homens e as mulheres. Tiraram fotos de mim nua.”
Todos os 13 estados da Malásia proíbem os homens muçulmanos de se “vestirem como mulheres”, e três deles também consideram ser crime mulheres que se “vistam como homens”
O relatório também conclui que as pessoas transgéneras são despedidas do emprego, expulsas de casa, agredidas não só física mas também sexualmente, e é-lhes negado tratamento médico devido à sua identidade de género.
Segundo Boris Dittrich da HRW, é urgente que a Malásia revogue as leis que discriminam as pessoas transgéneras, e sigam os padrões internacionais, ponto em prática uma legislação de não-discriminação que proteja essas pessoas.