PORTUGAL: Isidro Sousa 1973 - 2020
Dom, 11 Out 2020
Faleceu na passada quarta feira uma das referências ativistas nacionais, pioneiro no seu estilo.
Isidro Sousa não transportava cartazes nem agitava bandeiras, numa marcha aí brandia a sua máquina fotográfica, mas era no país inteiro que mexia as águas sociais, editor da KORPUS a primeira e a mais duradoura revista LGBT, que num tempo em que ser-se LGBT+ colocava em risco real a sobrevivência social, laboral e familiar daqueles e daquelas que membros desta comunidade não tinham meios de interagir com a restante comunidade.
A revista KORPUS foi o seu maior feito, ninguém saberá hoje o que é uma “posta restante” mas esse foi o meio que aproximou amigos, celebrou relações afetivas, salvou muitos mais de uma solidão lusitana com cheiro a naftalina e água benta que se vivia no portugal de finais do século XX.
Mas falar de Isidro Sousa fica difícil, porque o seu caráter era ele mesmo algo fechado, e nem todos tinham permissão para entrar. Assim deixamos um conjunto de artigos, numa seleção levada a cabo por Sérgio Vitorino que falam por si.
Isidro Sousa deixou-nos, mas a sua presença manter-se-á viva na memória e nas palavras do que o conheceram e com ele privaram, em conjunto com toda a sua obra literária.
Suplementos e AntologiaRevista Visão Setembro 1998Revista KorpusAté breve!
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