Michael Causer tinha 18 anos de idade quando em 2008, depois de ter estado numa festa em casa de amigos residentes em Liverpool, no regresso a casa foi assaltado e espancado por um grupo homofóbico, um ataque que mais tarde lhe provocaria a morte. Um ato bárbaro por si só, acompanhado por verbalizações homofóbicas, no processo os atacantes queimaram os pelos das pernas de Causer assim como ameaçaram tirar os pircings com uma faca.
Isto foi no dia 25 de Julho de 2008, e este fim de semana os pais de Michael Causer foram os protagonistas na marcha LGBT de Liverpool, que deu início a uma semana de celebrações, contendo eventos de rua e exposições de arte. Marie Causer faz parte do evento desde a morte do seu filho mas este ano foi solicitada para encabeçar a marcha. Marie criou a Fundação Michael Causer, que providencia abrigo e apoio a jovens LGBT sem abrigo e em situações de risco.
Na marcha esteve também presente a primeira lésbica com assento parlamentar, Angela Eagle, que se fez acompanhar de outros representantes do partido trabalhista.
Mas as surpresas não se ficaram por aqui, na primeira linha da Marcha LGBT de Liverpool, que hoje desfilou, contou ainda com a equipa da primeira liga inglesa: Liverpool FC. A equipa trabalhou recentemente com a organização da marcha do orgulho, promovendo um torneio contra a homofobia. A ideia foi transmitir que futebol e homofobia não são sinónimos.
Assim e com apenas dois anos (este é o terceiro ano) a Marcha do Orgulho LGBT de Liverpool, é o segundo Pride mais popular no Reino Unido com mais de 40'000 participantes, apenas superado pelo Pride de Londres.