eleições legislativas de 20 de Fevereiro. O documento de 112 páginas tem
diversas referências aos direitos das minorias sexuais deste partido que
obteve 2.75% dos votos nas últimas eleições legislativas (2002) elegendo 3
deputados e 4,91% dos votos nas últimas eleições para o parlamento europeu
(2004) elegendo 1 deputado. Em termos de balanço do actual governo o
documento começa por criticar a actual lei da família porque "não reconhece
as uniões de facto e que é preconceituosa em função da orientação sexual". E
na secção "Democratizar a Modernização" o ponto 6 é dedicado em exclusivo
aos "direitos das e dos homossexuais". Aqui o Bloco pretende "apresentar
políticas concretas de combate às discriminações, às desigualdades, à
negação da diversidade, nas áreas da desigualdade de classe e
socio-económica; nacional, racial e étnica; de género; e sexual.", refere a
existência de "espaço para a actividade de um grupo organizado de activistas
LGBT" dentro do bloco e refere que é necessário "avançar para novas metas
[na sociedade portuguesa], à semelhança do que se tem passado em Espanha com
o governo do PSOE". Em termos de medidas concretas indica 3 medidas base:
"1.Apresentação de uma Lei Anti-Homofobia, à semelhança de legislação
anti-racista, pela specificidade do tema, decorrendo da alteração já
concretizada do Artº 13º da Constituição; 2.Concretização dos cursos e
programas de Educação Sexual no sistema de ensino, com explicitação do seu
carácter não sexista e livre de preconceitos; 3.Criação de um Gabinete de
Apoio e Informação LGBT, público, à semelhança do que se passa noutros
países, como por exemplo o "Berdindu" do Governo do País Basco". E mais 3
medidas adicionais específicas para os casais do mesmo sexo: "1. A
modernização da Lei das Uniões de Facto no sentido de estabelecer a
possibilidade de um registo, à semelhança do que acontece noutros países
europeus; 2. A extensão da possibilidade de adopção a casais do mesmo sexo,
aplicando-se os mesmos critérios exigentes de selecção de adoptantes que se
praticam em todos os restantes casos; 3. Alteração do Código Civil no
sentido de abolir a referência ao sexo diferente dos cônjuges no respeitante
ao casamento civil e à nulidade de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, à
semelhança do que foi recentemente aprovado em Espanha.".
Mais informações em www.bloco.org .