O aumento de casos foi particularmente sentido nos últimos dois meses com diversos casais de gays e lésbicas a serem insultados ou agredidos apenas por andarem de mão dada, beijarem-se ou estarem parados no exterior de bares LGBT.
Um dos casos foi em Ostia, cidade costeira perto de Roma, em que um casal gay foi expulso de um resort na praia depois de algumas pessoas se terem queixado que estavam aos beijos. Em Milão a Arcigay local registou cinco agressões no mês passado. Noutras praias do país casais foram ameaçados de que a polícia iria ser chamada se eles não parassem de dar beijos. E um caso mais grave aconteceu em Pesaro onde dois jovens foram agredidos no exterior de um bar gay e precisaram de assistência hospitalar.
Mas a homofobia também se manifesta a nível institucional com presidentes de câmara a criarem "grupos de voluntários" para patrulharem locais de encontro entre homens actividades que foram classificadas por um autarca de Padova como "doentes". Em algumas praias as autoridades instalaram vedações e até sistemas de video-vigilância para evitar os encontros entre homens.
Segundo a Arcigay o país está a "começar a viver num clima intolerável de medo" e relembra que o Parlamento rejeitou recentemente uma proposta de lei contra a homofobia tendo na altura sido afirmado por parlamentares (e registado) que a expressão "orientação sexual" era em si própria "ambígua" e que poderia incluir coisas como pedofilia, zoofilia, necrofilia e incesto.