Os dados da Polícia Militar e da Associação do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) não deixam dúvidas. De 1.5 milhão a 1,8 milhão de pessoas participaram da parada que lotou as duas pistas da Avenida Paulista, a principal artéria da capital estadual. A Polícia Militar estimava, ao final da tarde, que cerca de 1.5 milhões de pessoas participaram do evento. Os organizadores não deixaram por menos de 1,8 milhões. Ambos os números superam o da parada de Nova York do ano passado, que contou com cerca de um milhão de participantes, e de Toronto, no Canadá, que reuniu 900 mil pessoas. No ano passado, a Parada Gay de São Paulo já havia reunido cerca de um milhão de participantes. Vestidos com fantasias coloridas, imitando símbolos sexuais, com batina de padre ou vestes de freiras, gays, lésbicas e simpatizantes da causa homossexual ocuparam as duas pistas da Avenida Paulista. Milhares de pessoas, curiosos em trajes comuns, também compareceram para dar apoio ao movimento ou apenas assistir ao desfile. "A parada gay é o evento de São Paulo que mais reúne pessoas sem precisar fazer rifas ou distribuir prémios, como carros", disse a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), no discurso de abertura do evento. "A magnitude da festa mostra o respeito e o reconhecimento que a população da cidade tem pela diversidade e pela pluralidade." Marta Suplicy, que antes da vida política se destacou num programa de televisão como sexóloga moderna, ressaltou a importância dos homossexuais serem aceites pela sociedade e, principalmente, pela família. O tema da Parada Gay deste ano era "Família e orgulho." Aqui estão os avós, os filhos e os pais dos homossexuais", disse a prefeita, acompanhada pelo marido, Luiz Favre. A parada saiu da Avenida Paulista e deslocou-se até à Praça da República. O evento contou com participantes vindos de diversos lugares do Brasil. Apesar do número recorde de pessoas, a polícia informou que não foram registados até o final do percurso incidentes graves. [Veja a mini-reportagem em:
www.portugalgay.pt/news/saopaulo2004/ ]
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