A decisão de avançar com a proposta ficou no entanto adiada para Maio, altura em que o conselho executivo realiza a sua reunião anual.
As coisas como estão neste momento abrem caminho para que qualquer organização de defesa dos direitos das pessoas LGBT possa processar os BSA (Boys Scouts of America) a nível nacional. No entanto verificando-se a alteração que a proposta visa, esses processos terão se ser levados a nível local, uma vez que poderão haver grupos que continuem com a restrição enquanto outros não.
Existe o conselho nacional dos BSA e os conselhos regionais e ainda os agrupamentos locais. O conselho regional não dispõe de recursos para enfrentar uma batalha jurídica sobre o assunto, e se lhe for interposta este rematará para os agrupamentos locais que mantenham a restrição. Os agrupamentos locais por sua vez são na sua maioria patrocinadas por igrejas, que também patrocinam escolas paroquiais locais.
Um dilema para as igrejas
Num cenário destes a igreja patrocinadora provavelemnte informará o agrupamento que não pode dar-se ao luxo de travar uma batalha legal sobre homossexualidade no seio dos escuteiros. Mas por outro lado não toleraria homossexuais no agrupamento, porque se o fizesse seria legalmente obrigada a tolerar professores homossexuais nas escolas paroquiais, o que provavelmente terminaria com o encerramento da escola e por último da igreja.
Assim o único cenário possível é a igreja retirar o seu apoio ao agrupamento, levando com toda a certeza ao desmantelamento do mesmo, a menos que este encontrasse outro patrocinador mais humanizado.
Muitos defendem mudança interna e não por via judicial
Por outro lado já muitas pessoas que defendem o fim da discriminação nos escuteiros dos EUA manifestaram o seu interesse de resolver a questão directamente ao nível interno da organização e não através de batalhas jurídicas.