A revelação é feita numa entrevista dramática ao New York Times em que Welts revela como tentou conciliar a sua carreira com a vida pessoal.
Welts nunca levou um seu parceiro para eventos desportivos e não divulgou publicamente a sua dor quando perdeu Arnie, o seu parceiro de muitos anos, para o VIH/SIDA em 1994.
Na entrevista Welts explica que isso foi a coisa mais difícil que já teve que fazer: "Andar no escritório e tenta explicar por que eu precisava ter um par de dias de folga. Ninguém deveria ter que passar por isto."
Welts também revela como o fato de não querer ver os jovens LGBT a passar pela mesma situação também o motivou a sair do armário. Outra razão foi o recente caso de insulto homofóbico por Kobe Bryant, o fato de Welts ter defendido publicamente que era necessário haver uma discussão sobre homofobia e ter tido como resposta alguns tweets anti-gays de Todd Reynolds que catalisaram a discussão.
Segundo Welts o desporto é o "último refúgio para a homofobia" e quebrar as barreiras da homofobia no desporto "fará mais para mudar corações e mentes do que qualquer outra coisa na América."
Mas esta afirmação pública de Welts foi feita gradualmente, começando pelos seus colaboradores mais próximos e só depois abrindo-se ao público em geral.
A questão fica em saber se esta abertura na cúpula administrativa terá ou não influência nos balneários deste desporto visto como super-machista... quando poderemos ter jogadores homossexuais sem medo de serem excluídos (de uma forma ou de outra) da sua equipa só por causa da sua sexualidade ser do conhecimento público?