Estão entre os mil pares de irmãos homossexuais que fazem parte do maior estudo para procurar genes que possam influenciar que as pessoas sejam homossexuais.
Os Cabrera esperam que o estudo ajude a calar as críticas que apontam a homossexualidade como uma escolha imoral.
Se foram encontradas novas provas que sugiram o envolvimento de genes, talvez os homossexuais sejam vistos como diferentes a par de outros traços genéticos como a altura e a cor do cabelo, disse Júlio, um estudante da DePaul University em Chicago.
O seu irmão acrescenta: «Penso que ajudaria uma série de pessoas a compreenderem-nos melhor».
O estudo, financiado por fundos federais dos EUA, conduzido por investigadores na área de Chicago, vai apoiar-se em amostras de sangue e de saliva para ajudar os cientistas a investigar se há genes que determinam a homossexualidade. Os pais e irmãos estão também a ser recrutados.
Cépticos contestam resultados
Embora os resultados iniciais estejam previstos só para o próximo ano - e não se espera que dêem uma resposta final - os cépticos já estão a atacar os métodos e a contestar os presumíveis resultados.
Estudos anteriores mostraram que a orientação sexual tende a agrupar-se em famílias, apesar de não provarem um envolvimento da genética.
Uma investigação envolvendo gémeos verdadeiros (monozigóticos), frequentemente usados para estudar a genética uma vez que partilham o mesmo ADN, teve resultados mistos.
Um estudo muito citado nos anos 90 mostra que se um de dois gémeos verdadeiros for homossexual, o outro tem 52 por cento de hipóteses de ser «gay». Em contrapartida, o resultado num par de irmãos não gémeos era de nove por cento. Um estudo efectuado em 2000 com gémeos australianos monozigóticos indica uma hipótese mais baixa.