Sara Vasconcelos havia saído do seu trabalho e precisava de usar um táxi. Fazia-se acompanhar de uma amiga que lhe abre a porta do primeiro táxi presente na postura da Praça da República e despede-se dela com um beijo na boca.
Sara entra no veículo e pede para a conduzirem até à Ponte do Infante, perante a inatividade do táxi ela pergunta ao taxista, um indivíduo de entre trinta e cinco e quarenta anos, o que se passava e este manda-a sair ao mesmo tempo que o próprio sai da posição de condutor e se dirige à passageira. Acto contínuo agride-a no rosto com vários socos e pontapés. Segundo Sara outros dois taxistas presentes na postura limitaram-se a assistir, tendo mesmo um deles saído da viatura para observar melhor a situação. Sara depois de agredida foi arrastada pelo taxista para o outro lado do passeio tendo depois o atacante abandonado o local.
O condutor do táxi que agrediu Sara já foi identificado e em depoimento à direção da Rádiotaxi apresenta outra versão dos acontecimentos. Diz que Sara terá entrado no táxi alcoolizada e com um copo de vidro na mão e que terá sido a recusa de Sara abandonar o objeto que levou à agressão.
Sara Vasconcelos tem escoriações múltiplas sendo a mais visível no olho esquerdo com derrame interno, tem também uma luxação da perna direita que a leva a usar muletas e a estar impedida de trabalhar pelo menos nos próximos tempos.
Hoje na Sara Vasconcelos perante duas centenas de pessoas presentes junto à postura onde foi agredida leu um comunicado onde para além de contar a sua versão do que aconteceu, exige que o seu agressor seja expulso da Rádiotaxis e que o IMTT, entidade que emite as licenças, lhe retire a autorização para a actividade.
O processo está agora em inquérito uma vez que Sara apresentou queixa num posto da PSP depois de ter ido ao Hospital e de ter feito corpo de delito no instituto de medicina legal do Porto. Os dois taxistas que terão observado a agressão também são acusados de não terem prestado auxílio.