Tchinda Andrade é hoje uma das mulheres mais amadas da ilha de São Vicente, em Cabo Verde. Ela notabiliza-se sobretudo a partir de 1998, ano em que decide sair do armário, identificando-se como trans a um semanário local. O seu nome torna-se então na forma como as pessoas queer passam a ser designadas no seu país. Tchinda tem hoje 35 anos e vive de forma humilde, a vender coxinhas pelo bairro. Durante todo o ano, reina a calma, mas tudo muda quando chega o Carnaval. No mês que o antecede, toda a ilha se põe a trabalhar para do nada criar algo deslumbrante. A sua música e as tchindas guiam-nos numa viagem fascinante a um recanto desconhecido de uma África que poucas pessoas podem imaginar.