Leannes Imbert Acosta, coordenadora da plataforma LGBT Cubana, disse que é preciso os LGBT organizaren-se para encontrarem resultados mais efectivos. Segundo Leannes, embora Cuba comece a apresentar uma imagem de um país progressista onde as coisas do passado estão a ser alteradas para melhor, a realidade cubana mantém muita da homofobia do passado.
Numa mesa redonda realizada no Centro de Investigação da Cultura Negra em Manhattan, Nova Iorque, EUA, Leannes elogiou a existência de uma maior tolerância social para com as pessoas LGBT, mas disse haver ainda muito por fazer porque a discriminação é ainda uma realidade.
E se dúvidas houvesse, Leannes falou nessa mesa redonda que no passado dia 11 de Setembro havia sido detida quando saía de sua casa, ao encontro de Mariela Castro, filha de Raul Castro, e directora do CENESEX (Centro Nacional Cubano para a Educação Sexual), para lhe entregar documentos referentes a denúncias de homofobia.
Esses documentos referiam-se aos anos 60, altura em que mais de 25 mil homens foram confinados em campos de trabalhos forçados por serem homossexuais ou por serem considerados inaptos para a sociedade de então.
Sem dizer mais directamente sobre a discriminação existente, Leannes deixou esse sabor amargo, descrevendo que Mariela Castro quando recebeu os referidos documentos manifestou interesse em desenvolver um inquérito sobre os referidos campos, mas recusou trabalhar em colaboração com a plataforma LGBT Cubana.