Os dois homens negaram as acusações, mas não foi levada em conta a negação e, por isso foram condenados a quatro meses de prisão cada um.
Marrocos proíbe as práticas homossexuais com pena de prisão entre seis meses a três anos e uma multa de 1000 dirhams (cerca de 90 euros). Este crime contou em 2011 com 81 julgamentos.
Esta não é uma noticia isolada ou nova, sabe-se que este ano outros três marroquinos foram condenados a três anos de prisão pelo "crime" de homossexualidade.
A lei marroquina proíbe outros comportamentos considerados comuns e lícitos na nossa cultura como, por exemplo, a venda de álcool a muçulmanos e o sexo fora do casamento. Mas este tipo de crimes tem sido relevado enquanto a homossexualidade é o que mais pessoas leva a tribunal e posteriores condenações.
Quando os advogados tem a certeza que a orientação sexual do seu cliente é homossexual, alguns recusam a defesa.
Um representante do grupo ?Movimento Alternativo para as Liberdades Individuais?, Ibtissame Lachgar, acusa algumas associações que se identificam como defensores dos direitos humanos, mas que tem o tema da homossexualidade como não existente nas suas agendas e ou quando estão não são de todo prioridade.
Lachgar diz ainda em declarações à Associated Press (AP) ?não se pode falar de direitos humanos se não se falar sobre direitos individuais?. E continua quase em forma desabafo, ?estamos praticamente sozinhos no que toca a defesa das liberdades individuais?.
Um dos editores de uma revista on-line ?Aswat?, disse sobe pseudónimo que ?o mais difícil é que eu sou obrigado a viver na clandestinidade e não mostrar a minha sexualidade abertamente?. Os editores desta revista que aborda as questões dos direitos das pessoas LGBT, usam todos pseudónimos por receito de retaliações.