Reunidos esta semana em Nova Orleans, os bispos também anunciaram que não autorizarão o uso dos rituais da Igreja para abençoar casamentos homossexuais.
Numa declaração, eles afirmaram que é preciso "agir com moderação, não autorizando a consagração de algum candidato ao episcopado cujo estilo de vida seja um problema para a Igreja e produza maiores tensões para a comunidade".
Sobre os casais do mesmo sexo, a declaração incluiu a promessa dos bispos de "não autorizar" o uso de suas dioceses "ou qualquer ritual público" para abençoar as uniões homossexuais "enquanto não houver um consenso".
A Igreja Episcopal é o ramo nos EUA da Igreja Anglicana, que tem 77 milhões de membros no mundo todo.
O líder espiritual da Igreja Anglicana, Rowan Williams, arcebispo de Canterbury, assistiu aos dois primeiros dias da reunião. Ele pediu a unidade de seus fiéis.
A declaração foi criticada por membros conservadores da Igreja Episcopal, que não consideraram o texto suficientemente taxativo.
Eles queriam proibir de maneira absoluta a consagração de bispos homossexuais. No entanto, também reconheceram que é necessário um esforço para evitar a divisão da Igreja.
"Gostaria de mais clareza, mas acho que por enquanto está bem", disse o bispo conservador Bruce MacPherson.
A possibilidade de um cisma surgiu em 2003, quando foi consagrado o primeiro bispo abertamente homossexual.
O escândalo levou os bispos reunidos na África, no início deste ano, a pedir que a Igreja americana deixe clara sua decisão de não voltar a aceitar bispos homossexuais.