A estrela pop sueca reuniu-se com ativistas de direitos humanos esta semana para incentivar a sua luta pela igualdade. "Os direitos humanos são violados no Azerbaijão diariamente. Não se deve ficar em silêncio sobre essas coisas" pode ler-se nas declarações citadas pelo jornal local Azadliq.
O chefe do departamento de assuntos públicos e políticos na administração presidencial, Ali Hasanov disse: "Infelizmente, existem algumas tentativas de politização. O evento musical não pode ser politizado." O mesmo Hasanov que defende que o país não tem esse "problema" e que nem sequer há uma palavra para as paradas LGBT. E na realidade para muitos cidadãos o conceito de homem homossexual nem sequer existe, e tal como em muitos outros locais, confundem o conceito de orientação sexual com a actividade de homens que se vestem de mulheres e se dedicam à prostituição.
No entanto Loreen também disse que não era sua intenção falar sobre estas questões durante a transmissão do festival propriamente dito, e que queria manter-se focada nas energias positivas que tinha conseguido reunir.
O Azerbaijão só descriminalizou a homossexualidade em 2001 para poder entrar no Conselho da Europa, no entanto o país continua uma política de facto de perseguição de gay e lésbicas e ainda existem uma enraizada cultura homofóbica na sociedade. Além de poderem ser expulsos de casa, os jovens LGBT azeris do país permanecem no armário com medo de ameaças ainda mais dramáticas: a possibilidade de serem assassinados apenas pela sua orientação sexual é um risco real.
Segundo Peter Tatchell o Azerbaijão tem um "chocante" registo no que toca a direitos humanos, desde "restrições à liberdade religiosa e meios de comunicação, supressão de protestos pacíficos, tortura de prisioneiros políticos e jornalistas, e detenções de e ativistas da oposição com acusações forjadas."