Infeliz com o género físico com que nasceu, a juíza do Tribunal de Família de Melburne, Diana Bryant, considerou que a remoção do peito o ajudará a iniciar uma vida mais feliz. Acrescentou que o melhor seria ter a autorização "o mais rápido possível", pois enquanto menor terá acesso a serviços sociais dados pelo governo, e que "esse é um tempo crucial para a vida social e mental dos adolescentes".
O jovem faz tratamento hormonal com bloqueadores de puberdade desde os 13 anos. Já vivendo assumidamente como rapaz, o tribunal considerou que se sentia constrangido socialmente pelo peito, evitando abraços ou mesmo simples idas à praia.
Obviamente a sentença não agradou às associações católicas, com as posições retrógradas do costume, como considerarem a decisão "irresponsável", radical, prematura, não esquecendo casos anteriores de arrependimento, e que tratamentos hormonais e cirurgias não devem ser autorizados, pois o transtorno de identidade de género é um distúrbio psiquiátrico, "uma crença em desacordo com a realidade".
Também como de costume, a grande maioria das notícias sobre este assunto, tratam-no no feminino, em total desrespeito pela sua pessoa e pela sua identidade de género.