A mulher alegou ao tribunal de família de Tehran que desejava casar com o seu melhor amigo, que foi recentemente submetido a uma CRS, mas que não conseguia obter a benção do pai, como é legalmente requerido.
Agora o pai concordou em dar a benção, na consição que o seu noivo, Ardashir, se submeta a um exame médico para provar que se trata de uma relação homem-mulher, como é próprio.
A mudança ocorreu depois do pai ter sido chamado ao tribunal para expôr as razões de não dar a benção. "Durante os últimos anos, Ardashir veio a nossa casa muitas vezes e todos os vizinhos e família conhecem-no como uma rapariga.", alegou. "Agora mudou de género e tornou-se homem e não posso ficar sentado a ver a amiga da minha filha a tornar-se no meu genro."
Ardashir e a filha conhecem-se há doze anos e estudaram na mesma universidade, sendo a sua ligação conhecida dos outros estudantes. Depois da graduação, Ardashir mudou de sexo perante as leis islâmicas iranianas que dão permissão religiosa a estes casos, em contraste com a maneira como encaram a homossexualidade, considerada um pecado. O falecido Ayatollah Ruhollah Khomeini, líder espiritual da revolução islâmica de 1979, emitiu uma fatwa religiosa aprovando esta prática, subsidiada pelo governo.
Críticos sugerem que muitas pessoas submetidas a esta prática não são transexuais mas gays e lésbicas que são forçados à cirurgia pelas pressões sociais, que no caso do Irão são mortais, embora as autoridades o neguem.