Os 30 mortos referem-se aos documentos oficiais, mas sabe-se que o número real é muito maior. Não somente assassínios mas ataques a transexuais e homossexuais estão no auge nestes últimos anos, segundo informações de elementos da revista Kaos GL.
Foram feitos protestos pacíficos em Istambul, na praça de Taksim, e em Ancara, para atrair a atenção pública ao clima existente de fustigamento e ao aumento das agressões.
A Turquia tem maioria muçulmana, existindo profundos preconceitos contra estas minorias, originados pela religião e pela cultura tradicional. Na passada sexta-feira, mais uma transexual foi mortalmente esfaqueada. No ano passado, cinco gays desapareceram e foram posteriormente encontrados esfaqueados num poço. Os autores confessaram os assassinatos somente pela orientação sexual. Representantes LGBT denunciam que muitos destes casos não são solucionados e os que o são, os prepretadores argumentam simplesmente que foram "provocados", argumento geralmente aceite pelos juízes.
"Este é o resultado do discurso do ódio", afirmou Ali da Kaos GL, acrescentando "A forma como os nossos amigos são assassinados e agredidos demonstra como os assassinos e agressores, mesmo a sociedade em geral, está cheia de ódio. Estamos decididos a lutar contra esse ódio com todos os meios que temos".