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SAÚDE: Um guia sobre PrEP
Sáb, 1 Dez 2018

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SAÚDE: Um guia sobre PrEP
Existem diferentes modos de utilizar a PrEP: todos os dias, o que assegura proteção 24 horas por dia e 7 dias por semana; ou de forma intermitente, que consiste na toma de 2 comprimidos antes das relações sexuais e por mais 3 dias após as mesmas. Esta forma de PrEP intermitente não deve ser utilizada por mulheres cisgénero que praticam sexo vaginal, por ter menos eficácia. Não existem estudos com homens trans que tomam testosterona e praticam sexo vaginal.

Efeitos secundários

A maioria das pessoas que toma PrEP não tem quaisquer efeitos secundários. Mas tal como acontece com qualquer outro medicamento, a PrEP pode causar alguns efeitos indesejados em pessoas mais suscetíveis. Náuseas, diarreia e dores de cabeça ligeiras são relatadas durante o primeiro mês de utilização em menos de 10%. Normalmente estes sintomas desaparecem com o continuar da medicação. A PrEP pode afetar os rins (sobretudo em pessoas com mais de 40 anos ou se já existem previamente alterações renais), razão pela qual o seguimento médico é importante. A PrEP também pode reduzir a densidade dos ossos. Este efeito secundário pode ser importante em pessoas mais idosas ou com menos de 21 anos, idade em que o desenvolvimento ósseo ainda está a decorrer.

A maioria das pessoas que toma PrEP não tem quaisquer efeitos secundários.

Há mais ISTs que o VIH

A PrEP não protege contra as restantes infeções sexualmente transmissíveis (IST). Para isso deve-se continuar a usar preservativo. As restantes IST, em geral, têm cura. Podem, no entanto, causar sintomas muito desconfortáveis e difíceis de controlar. Deve-se por isso fazer o rastreio das restantes IST com regularidade e usar preservativo, sempre que possível.

A PrEP não protege contra as restantes infeções sexualmente transmissíveis (IST).

PrEP em Portugal

Já existe PrEP disponível no Serviço Nacional de Saúde e é gratuita. Para tal é necessário recorrer ao médico de família para obter uma referenciação para uma consulta hospitalar específica de PrEP. Infelizmente são ainda poucos os centros hospitalares que dispõem de PrEP e estão concentrados em Lisboa e Porto. Existem também listas de espera que dificultam o acesso a esta profilaxia e, para muitos, não é fácil aceder a uma consulta no médico de família. As autoridades de saúde precisam de repensar este sistema rapidamente e trazer a PrEP para centros comunitários e de proximidade para que ela não fique restrita a uma pequena porção urbanizada e esclarecida da população. Se a PrEP não for distribuída a todes que dela precisam, não seremos capazes de acabar com as novas infeções.

Se a PrEP não for distribuída a todes que dela precisam, não seremos capazes de acabar com as novas infeções.

Resumindo

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Bruno Maia

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