O evento teve início com o debate Homofobia versus amor natural, tendo como convidados António Serzedelo (Opus Gay); Miguel Vale de Almeida (Antropólogo); Carlos Castro (Cronista Social); Margarida Martins (Abraço), e Paulo Pamplona Corte-Real (Ilga Portugal). Destes apenas dois compareceram.
António Serzedelo focou-se na história do movimento de como as coisas tem evoluído e como podem e devem desenrolar-se no futuro especialmente em termos de uniões de facto. Paulo Corte-real, levou o seu discurso mais na ordem política e jurídica, não esquecendo a sua aplicação prática.
O editor do Portugalgay.pt que se deslocou ao evento para fazer a cobertura jornalística acabou por ser convocado para a mesa, de forma a colmatar as ausências dos três outros convidados. João Paulo, levou o seu discurso mais no sentido social e prático do dia a dia, recordando Gisberta, que embora tenha sido um crime transfóbico, foi na mente daqueles que o perpetuaram um crime homofóbico, porque diziam que bateram num homem com mamas. Fazendo também referencias ao Bullying nas escolas, á homofobia da Igreja, e dos políticos, salientando que destes comportamentos aquele que o marca mais é a homofobia vivida por pessoas e organizações GLBT.
O debate foi muito animado com diversas participações do público.
Mário, teu humor tá no armário
Depois do debate teve lugar uma peça de teatro composta por quatro números onde se desconstruía diferentes preconceitos. O actor e autor Raul de Orofino, presenteou a assistência com quatro personagens sui generis, uma mulher que sentiu na pele o preconceito de namorar um anão; a luta interior de um homossexual que tenta de diversas formas negar a sua orientação e sofre com essa guerra interior e exterior; um medico que do alto do seu pedestal de conhecimento e intelectualidade descobre que vive alienado da sua vida familiar e dos que o rodeiam e ainda aquele homem que receoso do insucesso com as suas companheiras se foca num aspecto do seu físico esquecendo que o amor é muito mais que sexo, muito mais que carne.
Depois da sua apresentação Raul Orofino, abriu por alguns minutos a oportunidade de a plateia colocar questões sobre ele e sobre as suas personagens. Além da conclusão que a diferença não é, ou não deve ser um problema mas uma fonte de riqueza a conversa que se seguiu pode ser resumida a uma frase: todos precisamos beber humor!
Noite no Merco-Alcobaça, com Premiere Pride
A noite apresentava-se para ser bastante animada, numa estrutura ampla não faltava os comes e bebes, área de dança, muitos décibeis de música e DJs para a servir. Pelo meio transformistas e drag queens também animaram a festa que continuou noite fora.