Nas margens do grande Lago Vitoria na cidade de Entebbe, pouco mais de uma centena de activistas LGBT reuniram-se sábado à tarde para fazer aquela que foi a primeira Marcha do Orgulho LBGT no Uganda.
As notícias que conhecemos do Uganda relativas à questão da homossexualidade são de um país verdadeiramente homofóbico, de leis retrógradas que criminalizam as pessoas LGBT e as perseguem, e embora não esteja um paraíso, está melhor hoje que há dois anos atrás, dizia um dos participantes que seria impossível fazer uma coisa destas há dois anos atrás.
Neste momento alguns activistas Ugandeses estão num processo legal contra o "Ministro da Ética e da Integridade", Simon Lokodo, que tem tido uma atitude de perseguição de pessoas e organizações LGBT mas também de todas as outras ONGs que apoiem as questões de lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e transexuais.
O medo consciente de que as coisas poderiam correr menos bem não inibiu os e as Ugandesas LGBT que num autocarro em festa, qual Priscilia Queen of Desert, visitaram diversas localidades para recolher mais participantes, e que onde quer que passassem foram deixando sorrisos mas, também ares intrigados, sobre que autocarro era aquele que transportava gente tão divertida e sempre ao som da música.
Isto num país com mais de 30 milhões de habitantes e que em fevereiro deste ano ainda colocava a possibilidade de aplicar a pena de morte aos homossexuais.