O corpo do taxista foi descoberto durante o início da manhã de dia 28, numa estrada de Monsanto que dá acesso ao bairro da Serafina e encontrava-se desnudado da cintura para baixo e com a cabeça esmagada, aparentemente por uma pedra.
O carro estava estacionado a algumas centenas de metros, debaixo do Aqueduto das Águas Livres, vazio. O único vestígio de roubo era o facto de o auto-rádio e o taxímetro terem desaparecido.
O condutor trabalhava para a Teletáxis e o último registo de serviço na central rádio era das zero horas - uma resposta a um transporte de passageiros, a partir de um restaurante da zona de Santa Apolónia.
Cerca das seis horas da manhã, no entanto, a central rádio da Teletáxis recebeu uma chamada do carro que era conduzido pela vítima, mas quando a operadora tentou a resposta não teve qualquer retorno. Nessa altura, no entanto, já o condutor estaria morto.
O motorista estava de serviço e passou junto ao Bairro da Serafina, dando conta de dois indivíduos junto a um carro imobilizado.O carro não tinha combustível e o taxista ofereceu-se para levar um dos indivíduos até uma estação de combustível. No regresso, o taxímetro marcava mais de 30 euros e o passageiro, um brasileiro, achou exagerado o preço pedido.
O taxista, no entanto, retorquiu que essa questão poderia ser ultrapassada através de favores sexuais. Gerou-se discussão entre ambos e o taxista acabou assassinado à predrada, após o que o suspeito do crime se pôs em fuga no táxi da vítima, cujo corpo foi abandonado nas imediações de Monsanto.
Depois de deixar o táxi debaixo do aqueduto roubou o taxímetro e o rádio do veículo, mas acabou por ser detido pela Polícia Judiciária no dia 12 de Setembro. Conduzido ao tribunal ficou em prisão preventiva.