Gritando de forma convicta "Não é Não". Afirmando que este monossílabo não tem outro significado que não esse, não quer dizer "talvez", não quer dizer "Sim". Porque "Quando é Sim, não há ambiguidades ou dúvidas porque sabemos o que queremos e sabemos ser claras", lê-se no manifesto apresentado pela organização do evento.
Este tipo de evento surgiu depois de em Janeiro passado um polícia de Toronto, Canadá, numa acção de prevenção de violência sexual sobre mulheres ter afirmado que uma das formas de prevenção é as mulheres não se vestirem de forma provocante, insinuando implicitamente que as mulheres violadas são as culpadas dessa violência e desculpando os homens agressores do acto.
Por isso a Slut Walk Lisboa a exemplo de outras Slut Walk, que um pouco por toda Europa se tem organizado querem chamar atenção para que a visão esteja direccionada para os violadores, os violentadores e não para as vitimas. O termo Slut pode ser traduzido de forma livre para galdéria, desavergonhada, prostituta, descarada, vadia, badalhoca, fácil.
Para se ser apontada como uma "slut" na sociedade basta usar um decote mais abusado, uma saia mais rachada ou com menos pano, mas acima de tudo para se ser classificada de "slut" basta "mantermos a mentalidade machista, patriarcal, de uma sociedade pensada por homens e para homens", dizia uma das manifestantes. E os cartazes e palavras de ordem espelhavam esta mensagem de forma mais ou menos incisiva.
Veja a foto-reportagem em www.portugalgay.pt/news/slutwalk2011/ .