Durante o I Congreso Nacional de Personas Transexuales que terminou dia 17 com uma marcha contra a homofobia e transfobia, Debby Maya, membro fundador do colectivo OTRANS, que trabalha com a ONU na luta contra a SIDA, afirmou que a principal reivindicação é uma lei de identidade de género.
A lei, disse, permitirá que mudem do nome com que nasceram para o do género que utilizam, visto presentemente a lei não autorizar tal procedimento.
A OTRANS, fundada em 2006, obteve reconhecimento legal há 15 dias, procura alianças para que o congresso aprove uma lei que termine com a discriminação. Na Guatemala não existem dados oficiais sobre o número de transexuais existentes, mas a OTRANS estima que existam entre 7 e 8 mil, 150 deles na capital.
Com 39 anos, Debby Maya afirmou que desde os 15 anos sabe qual a sua verdadeira identidade de género, embora tenha demorado 14 anos a assumi-la, tendo o apoio dos pais, das três irmãs e dos três irmãos que tem. "Sou a única transexual na família", assegurou, acrescentando que a lei pedida visa impedir a discriminação existente em todos os estratos sociais da sociedade Guatemaltense.
Debby é activista dos direitos humanos e pertence à Organización para Mujeres y del Proyecto La Sala, que defende os direitos humanos das pessoas transexuais.