Hoje sábado podemos contar com um leque de oito opções das quais o PortugalGay.pt já reservou bilhetes para, El Cónsul de Sodoma; Dzi Croquettes; I Shot My Love e a cerimónia de encerramento, com a entrega dos prémios, e a exibição do filme que se encontra na secção competitiva para a melhor longa-metragem de ficção desta edição, já foi aconselhado o seu visionamento pelo Portugalgay.pt na semana passada, e intitula-se Plan B.
Estes filmes e outros momentos daremos conta amanhã domingo, hoje o nosso comentário vai para a curta-metragem Massala Mama, e duas longas-metragens, BoY e Children of God.
Massala Mama, é uma história passada em Singapura, falada em Tamil e Chinês. Conta-nos a vida difícil de uma família em que uma criança tem de participar na economia familiar e por isso tem de ajudar o seu pai na recolha de cartão, mas os livros de super-heróis expostos na loja de um Tamil, chama a sua atenção, esta criança copia as imagens e cria as suas próprias personagens, os seus próprios super-heróis. Numa trama que envolve esta criança, o desejo do Tamil por um polícia, e o pai do jovem, podemos observar que as dificuldades económicas levam na maioria dos casos como neste à negligencia dos sentimentos, e por isso encontramos um pai que pune a criança por esta se perder no mundo dos sonhos, e esta criança encontra no Tamil, o abraço e a compreensão que não existe em sua casa. Uma história bonita que pode explicar muito da crise identitária que se vive na sociedade.
BoY, é para além de uma historia de amor incrível, também o retrato de um jovem que como muitos outros faz o seu caminho para a felicidade por sua conta e risco, caminhando a algo a medo pelos caminhos nem sempre fáceis do conhecimento da sexualidade. É por isso um filme igual à vida de tantos jovens, trata-se de uma ficção que descreve a realidade de muitos e muitas.
Children of God, na tradução lê-se Filhos de Deus, são os homossexuais perseguidos das Bahamas. Um povo obcecado pela religião que é lida e transportada ao povo na boca de pseudo-iluminados, denominados por reverendos. Bahamas o paraíso desejado por muitos de nós para passar férias, é também a prisão ou a tortura de muitas das pessoas homossexuais, que numa questão de sobrevivência usam viver vidas duplas, do tipo casados de dia, e praticantes do pecado durante a noite. Assim faz o reverendo protagonista deste filme. Este filme mostra-nos uma cadeia de histórias interligadas, onde a arte, os sentimentos, os falsos moralismos, e a religião lida da forma que nos dá mais jeito, colocando na boca desses a culpa da infelicidade dos demais.
Filmes bastante políticos, como politico sempre foi o Queer Lisboa.